SOLTANDO UMAS!!!

Duas amigas. Duas cabeças (unidas pelos cachos). Dois estilos. Duas histórias (que se cruzam). A junção disso e algo mais? Este blog!



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sexta-feira, novembro 28, 2003

 
Menina Clarice olhava para o pôr do sol e pensava:
"Ah, se eu tivesse todas essas cores em meus lápis de cor..."


terça-feira, novembro 25, 2003

 


Bonito, né? Fora de contexto, né? Precisa dizer que não tenho o que dizer???


quarta-feira, novembro 19, 2003

 
Viagem, viagem. E ficou grande. Leiam se quiserem...

Jornal Cometa, 21 de junho de 2084

Continuamos nossa série de reportagens sobre os tipos humanos do século passado, apresentando a Classe Média, de grande importância na segunda metade do século. Na época, além dos ricos e dos miseráveis, existia uma classe social intermediária, a classe média, com hábitos e concepções de vida bem particulares. Eram pessoas que estavam no meio. Logo, tinham vontade de subir na escala social e medo de cair. Por isso, procuravam estudar, se especializar, trabalhar muito e poupar, procurando sempre dar aos filhos o que não tiveram. Almejavam a riqueza e desprezavam a pobreza e a cultura popular. Se acreditavam cultos, detentores do saber e formadores de opinião.

Eram cheios de contradições. Criticavam os Estados Unidos (na época, a grande potência ocidental e, posteriormente mundial), mas assistiam a seus filmes e seriados, além de colocarem seus filhos em cursos de inglês (língua falada no citado país). Tinham um certo sentimento de classe, se uniam para defender seus interesses, mas se um indivíduo tivesse chance de alcançar a riqueza sozinho, o faria sem problemas. Uma grande demonstração de seu individualismo está na forma mais desejada de conseguir um emprego: através de concursos públicos com muitos candidatos e pouquíssimas vagas.

Na década de 90 do século passado, a classe média foi começando a perder importância, com as privatizações de empresas públicas e a redução da inflação. A privatização implicou em perda de emprego para muitos membros da classe. Quanto à queda da inflação, esta merece uma explicação mais detalhada. Enquanto a inflação era alta (chegou a 50% por mês, acreditem se quiserem), os salários eram corrigidos de acordo com esse índice. Com sua queda (para aproximadamente 10 a 15% ao ano), muitos salários passaram a não ser reajustados, perdendo pouco a pouco seu valor.

O golpe final consistiu na privatização, já no presente século, da universidade pública, onde os filhos da classe média estudavam buscando aumentar (ou apenas manter) seu padrão de vida. Tal privatização começou aos poucos, com o governo reduzindo cada vez mais as verbas para sua manutenção. Sentindo o problema, os alunos passaram a recolher pequenas taxas para melhorar as condições de sua universidade. O governo, percebendo a mobilização dos estudantes, viu que poderia reduzir mais ainda sua contribuição. Em conseqüência, as taxas aumentaram. Empresas privadas foram contratadas para administrar essas taxas. Criou-se um ciclo vicioso e, em pouco tempo, a universidade foi tomada por essas empresas.

Muitos estudantes, por falta de condições financeiras, abandonaram a universidade. Sem diploma, não conseguiam bons empregos. Tornaram-se, assim, pobres. Aqueles que se mantiveram não sofreriam mais a concorrência dos outros no mercado de trabalho. Tudo seria mais fácil. Tornaram-se, assim, quase-ricos. E esse foi o fim da classe média, classe tão peculiar e cujo estudo mais completo não caberia nessas poucas linhas.


sábado, novembro 15, 2003

 
A força de um boato

Não sei se essa história que vou contar é totalmente verdadeira, pois já passou por pessoas antes de chegar a mim. Mas ela ilustra bem a força de um boato.

No meio da confusão de ontem, faculdade cheia de políciais e de boatos, chega aos ouvidos do pessoal lá da sala que tinham reféns na sala do 1o semestre. Uma menina liga para a amiga, que estava em um congresso em Natal, contando a história.

Essa amiga, por sua vez, fica muito preocupada e precisa repartir sua preocupação com mais alguém. Escreve um bilhete para a mesa do congresso contando toda a situação que a outra tinha contado. A mesa lê o bilhete e a notícia se espalha, todos preocupados, se solidarizando com os pobres estudantes reféns.

O detalhe é que não existiram reféns. Teve um pessoal com medo que deitou no chão e apagou a luz. E provavelmente muita gente rezou pelas vidas deles. Só não sei como a confusão se desfez, mas fazer o quê? É o poder do boato!!!


sexta-feira, novembro 14, 2003

 
Às vezes a realidade social parece tão distante que não entendemos algumas coisas que acontecem. Vivemos em nosso mundinho de grades e a violência é só notícia de jornais ou de TV. Não nos alcança.

Hoje, a notícia aconteceu na minha frente, e tremi. Estava assistindo aula, quando vejo a polícia encostando uma metralhadora no vidro da porta da sala. A aula parou. Todos para o fundo da sala. Chega a notícia de que o bandido tinha feito reféns na sala do 1o semestre. Pessoas nervosas, ligando dos celulares. A polícia manda descer. Dezenas de policiais. Informações desencontradas. Boatos. Um saco confundido com o bandido. E a polícia querendo atirar no pobre saco.

Sei que no final tudo acabou bem. Ninguém se machucou e os reféns não existiram. O carinha queria matar (ou ameaçar) o alguma coisa da faculdade, mas não conseguiu. Nem foi preso. Um amigo deu entrevista no jornal. E a vida continua a ser como era antes. Mas o medo, agora com fundamento, certeza que vai aumentar...


segunda-feira, novembro 10, 2003

 
Anéis de latinha

Alguém que mora ou morou em Fortaleza, me tira uma dúvida: Realmente existiu aquela promoção de juntar 1000 anéis de latinha e trocar por cadeira de rodas? Ou seria apenas mais uma lenda urbana? E, se existiu, qual era o intuito da promoção???

Lembro que duas vezes me reuni com gente pra juntar os aneizinhos, trocar por cadeiras de rodas e fazer caridade (nessa época ainda acreditava na caridade por caridade). Mas das duas vezes não tinha ninguém pra fazer a troca. Uma dessas vezes, alguém que estava juntando disse o motivo da promoção. Os anéis vão parar no mar, os peixes comem e morrem. A campanha seria, então, pra salvar os peixes e ajudar os que não podem andar. Bonitinho! Mas só serviu pra pessoas terem trabalho e decepção.

Hoje, meu namorado junta os anéis. Sem fins sociais, na verdade a finalidade é o lucro. E de repente, quem sabe, até salvar uns peixinhos...


 
Extra! Extra!!!

Jornais de todo o mundo divulgam constantemente a notícia bombástica. Príncipe Charles teve relações homossexuais com um funcionário do palácio. Daí surge a pergunta que não quer calar:

E nós com isso???


domingo, novembro 09, 2003

 
Mais de 100 anéis de latinha.
Presente pra alguém especial!
Enquanto as pessoas bebiam cerveja, eu juntava os anéis. Anéis simbólicos. A lembrança. A cada anel que catava, lembrava de seu destinatário. E, quando tinha saudade, tirava um da bolsa e ficava olhando. E pensando. E lembrando dele, que estava longe, mas estava dentro de mim.

Muita festa, muita farra! Participo do meu jeito, não preciso fazer o que todos estão fazendo pra me sentir parte daquilo. Mas que a comédia foi grande, foi!!! E que as discussões foram engrandecedoras, foram também. Viagens universitárias detonam!!!


 
Depois de uma semana longe de casa, namorado, amigos, computador, estou voltando. No post que apaguei, buscava um apesar para minha empolgação. Encontrei o apesar. Se chama saudade. Saudade aplacada, assuntos resolvidos (espero), tudo volta a caminhar. De repente para a rotina. O velho ritual que sempre cega a tantos outros. O mesmo pão comido aos poucos. Mas volto diferente, revigorada. E talvez o pão agora tenha um novo gosto...


Queria colocar um trecho de alguma musica aqui, mas s?o tantos trechos, e tantas musicas, e tantas pessoas que ja conhecem as musicas, e tantos significados ocultos ou até aparentes demais, que deixo apenas essa enorme frase para os corajosos que chegaram até aqui.